ITEP-RN
REALIZA PRIMEIRA COLETA DE DNA EM LABORATÓRIO PRÓPRIO; MISSÃO É IDENTIFICAR
CORPO DE MENINA DE 12 ANOS
DIRETOR-GERAL DO INSTITUTO DIZ
QUE TEMPO PARA SOLUÇÃO DE CRIMES DEVE SER REDUZIDO DE 6 MESES
O Instituto
Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (Itep-RN) realiza nesta
quarta-feira (7/11/2018) a primeira coleta para exame de DNA em laboratório
próprio. A estrutura fica em Natal e foi inaugurada em julho, mas até então não
estava funcionando efetivamente. Segundo o governo, o momento é histórico para
a polícia científica do RN, que sempre precisou enviar exames de DNA para
outros estados.
O material será
coletado de familiares da adolescente Maria Carla da Silva, de 12 anos, e
comparados aos restos mortais de um corpo encontrado enterrado no dia 17 de
outubro na zona rural de Apodi, município da região Oeste do estado. O objetivo
é justamente confirmar se o corpo é o da adolescente, que foi vista pela última
vez com vida um mês antes.
O cunhado da garota,
que confessou tê-la matado, está preso. Foi ele quem mostrou à polícia o local
onde o corpo estava enterrado. Em razão do avançado estado de decomposição, não
foi possível fazer a identificação por impressões digitais nem arcada dentária,
já que a menina não possuía exames dentários que pudessem ser usados como forma
de reconhecimento.
A coleta do material
genético, segundo o Itep, será feito às 14h.
A investigação do
caso está sendo conduzida pela Delegacia de Polícia Civil de Apodi. Com o
resultado do exame de DNA, a polícia afirma que o caso será concluído com maior
celeridade.
“Agora teremos maior
agilidade na solução de crimes e vamos conseguir reduzir de seis meses para
apenas 30 dias a emissão dos resultados de identificação humana. Isso é uma
conquista importante, tanto para o Instituto quanto para o Estado, pois até
então nós não tínhamos como realizar exames de DNA aqui no RN”, destacou o
diretor-geral do Itep, Marcos Brandão.
Marcos Brandão ressalta que o sequenciador
genético é uma das mais poderosas ferramentas dentro da Perícia Forense. “Este
equipamento é fundamental para que possamos auxiliar a Justiça de forma
inconteste na elucidação de fatos delituosos com maior rapidez e a segurança de
termos uma prova técnica irrefutável”, explica.
O laboratório forense do ITEP foi construído com
recursos próprios do órgão no antigo imóvel de Análises Químicas da Emparn, que
fica ao lado da Central de Flagrantes, no Complexo da Degepol, no bairro de
Cidade da Esperança.
FONTE – MOSSORÓ HOJE